segunda-feira, 29 de junho de 2015

2 vidas


Ano de 1985, minha mãe tinha por habito me levar para passear nas feiras livres junto com ela me levando em um carrinho de bebe.

Naquela época havia rumores de um grupo que estavam sequestrando crianças de pele clara e de cabelos claros para rituais de magia negra.

Em uma de nossos passeios pela feira eis que acontece, um carro preto com vidros escuros adentra a feira em disparada em uma breve distração de minha mãe pessoas vestidas com turbantes me pegaram e jogaram para dentro deste carro.

O desespero tomou conta aquele dia, minha mãe nada mais podia fazer a não ser rezar e pedir a Deus para ter seu filho de volta enquanto a polícia fazia seu trabalho de busca.

Horas e horas de agonia se passaram, quando a boa notícia, o milagre, aconteceu.

Policiais conseguiram bloquear um carro suspeito, fui resgatado e todos os sequestradores foram presos, jornais de todos os lugares faziam a cobertura do incidente com a seguida confirmação de que se tratava de um grupo de magia negra.

No dia seguinte éramos capa de jornais do qual minha mãe guardou até os dias de hoje.

Anos mais tarde minha mãe me dizia que foi Deus quem me trouxe de volta, que foi ele que permitiu que eu pudesse viver mais.

E foi este mesmo Deus que escreve esse roteiro de vida chamado destino que não permitiu que minha mãe jamais tivesse a dor e o sofrimento da perda de um filho, mas permitiu que um filho pudesse viver o suficiente para ter esta dor da perda de uma mãe.

Dor esta ocasionada pelo roteiro da vida chamado destino? Não sei, mas se eu pudesse escolher entre não ocasionar sofrimento para minha mãe e no lugar dela eu sofrer com certeza escolheria meu sofrimento, minha mãe jamais iria suportar a perda de um filho ainda mais desta maneira.

A conclusão que chego é de que fui cético e cegado pelo material por muitos anos de minha vida, mas hoje tenho plena convicção que algo maior rege e controla nossos destinos de que somos delegados com missões a cumprir neste breve momento em que estamos por aqui e que tudo isso é controlado por um ser superior chamado Deus e que através da fé de minha mãe permitiu que eu ficasse mais um pouco por aqui.


Vivo todos os dias pensando no quanto somos vulneráveis neste plano, nesta passagem, o que me resta é fazer o melhor e ser uma pessoa melhor enquanto estiver aqui e orgulhar minha mãe por esta vida que me foi dada de presente por 2 vezes por ela e por Deus, e tudo que farei em vida será para honrar o nome dela e claro sendo guiado por ela.

Pois saiba mãe estou mais forte do que nunca.




sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

O aprendizado por eu, eu mesmo e myself.



Mario Quintana diz que autodidata é o ignorante por conta própria, e de certa forma ele esta corretíssimo em sua afirmação, pois o autodidata se da ao luxo de ser ignorante ou gênio quando bem entender.

É o limite entre a genialidade absoluta e a ignorância total dependendo de sua metodologia.

O Autodidata dedicado é aquele que navega pelas águas da genialidade, pois descobre o mundo por si mesmo e constantemente se surpreende com isso, talvez isso seja muito ligado a origem do homem, o neandertal por exemplo aprendeu a fazer as coisas por conta própria sem ninguém ensinar e por um processo de imitação e evolução foi aperfeiçoando suas técnicas.

Pode-se dizer que o neandertal apesar de sua crueza intelectual eram gênios, pois aprenderam e evoluíram por suas próprias metodologias.

Leonardo da Vinci e Jimi Hendrix  tinham em comum o fato de serem autodidatas e navegaram tranquilamente pelas águas da genialidade.

Constantemente o autodidata não se concentra em aprender uma unia coisa, ele tem sede de conhecimento, sempre quer mais, quer ir além e procura sempre dedicar seu máximo empenho curiosamente e constantemente sempre na arte (Jimmi Hendrix e  Leonardo da Vince que o digam).

Eu desde pequeno me considerei um excelente autodidata, quando me interesso por um assunto vou até os limites dele, lendo muito e pesquisando muito por conta própria, a era da internet ajudou muito pessoas deste tipo, apesar de um mundo de informações o autodidata de certa forma aprende desde cedo a separar que tipo de informação que será ou não benéfica para ele.

Dentre meus mergulhos autodidatas já naveguei pela musica (bateria) , tecnologia, espiritismo, pesca esportiva e mais recente a fotografia.

Em todos estes assuntos mergulhei de cabeça em cada um deles, não diria que fui até o limite de cada um porque o conhecimento deles é inesgotável, mas cheguei até meu limite em cada um deles.

A sensação de me aprofundar e descobrir por mim mesmo me proporciona uma constante sensação de surpresa e preenchimento, é como seu eu mesmo despejasse combustível no meu motor principal chamado cérebro.

Difícil responder qual o sentido da vida, mas ao meu ver talvez eu tenha encontrado a resposta como todas as outras que encontrei sozinho, que é a capacidade de conhecer e evoluir por nós mesmos.

O conhecimento e minha sede pelo novo são inesgotáveis e espero eu que nunca acabe, pois a minha vida se tornaria muito sem sentido se eu não pudesse me surpreender nunca mais.



sexta-feira, 11 de julho de 2014

A complexa simplicidade de Henri Cartier-Bresson



"De todos os meios de expressão, a fotografia é o único que fixa para sempre o instante preciso e transitório. Nós, fotógrafos, lidamos com coisas que estão continuamente desaparecendo e, uma vez desaparecidas, não há mecanismo no mundo capaz de fazê-Ias voltar outra vez. Não podemos revelar ou copiar uma memória." Henri Cartier-Bresson

O titulo pode parecer estranho, mas traduz a minha visão do pai do "momento decisivo" Henri Cartier-Bresson.

Bresson é uma referencia artística atemporal, mestre da arte da fotografia é até hoje citado em aulas de historia da arte como um dos principais expoentes da composição perfeita, sua visão sobre o mundo e a vida é unica e peculiar.


As imagens de Bresson contam historias, falam, basta ver para compreender o que foi aquele momento decisivo, podemos também traçar um parâmetro daqueles simples personagens do dia a dia.

Eu particularmente na posição de quem tira fotos sempre tive uma tendencia a preferir fotos de paisagens, natureza, ambientes e animais, diria que estou mais para Ansel Adams (que em breve devo falar por aqui) do que para Bresson, porém não posso negar a contribuição de Bresson e sua importância na fotografia, são fotos que já vi varias vezes mas a cada nova olhada percebo algo diferente me leva a uma diferente perspectiva.

As fotografias de Bresson são complexas, no sentido de entendimento, o uso de simetria, linhas e curvas em sua composição são obras de um olhar que não é comum para a maioria das pessoas, acontece que o dono deste olhar foi uma pessoa de simplicidade unica, carregava sua pequena câmera Leica com uma unica lente de 50mm e através de seu equipamento simples deixava aflorar toda a complexidade deu seu olhar através das lentes da câmera. 
Claro que essa visão peculiar de Bresson sobre o mundo era algo embasado nas artes, afinal Bresson começou na pintura, arte da qual doutrinou o seu olhar único

As imagens de Bresson são magicas em uma época sem câmeras lotadas de megapixels e a ausência de cor ainda sim atravessam o tempo com uma força descomunal.




Me informar sobre Bresson abriu minha mente, olhar com atenção sua obra e sua historia tem me ajudado a definir o que é esse tal de "momento decisivo" e quando ele acontece claro que este momento esta na mente e coração de cada um e é exatamente esta a graça da arte e da fotografia, sua visão do mundo é peculiar e unica, cada fotografo tem uma personalidade característica em suas imagens as de Bresson são imagens com pura alma!


terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Talvez o amor

Talvez o amor seja como um local de descanso,um abrigo da tempestade
Ele existe para te oferecer conforto, Ele está lá para te manter aquecido
E naqueles tempos de dificuldade quando você está sozinho,
A lembrança do amor vai te trazer para casa

Talvez o amor seja como uma janela,Talvez uma porta aberta,
Ele te convida para chegar mais perto, Ele quer te mostrar mais
E mesmo se você perder a si mesmo e não souber o que fazer,
A lembrança do amor vai te acompanhar

O amor para alguns é como uma nuvem, Para alguns tão forte como o aço
Para alguns um modo de vida, para alguns um modo de sentir.
E alguns dizem que o amor está persistindo E alguns dizem que está desistindo
E alguns dizem que o amor é tudo E alguns dizem que não sabem...

Talvez o amor seja como o oceano, Repleto de conflito, repleto de dor
Como uma chama quando está frio lá fora, Um trovão quando chove.
Se eu viver eternamente E todos os meus sonhos tornarem-se realidade,
Minhas lembranças do amor serão sobre você...

E alguns dizem que o amor está persistindo E alguns dizem que está desistindo
E alguns dizem que o amor é tudo E alguns dizem que não sabem

Talvez o amor seja como o oceano, Repleto de conflito, repleto de dor
Como uma chama quando está frio lá fora, Um trovão quando chove.
Se eu viver eternamente E todos os meus sonhos tornarem-se realidade,

Minhas lembranças do amor serão sobre você...


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O me, O Life


We don't read and write poetry because it's cute. We read and write poetry because we are members of the human race. And the human race is filled with passion. And medicine, law, business, engineering - these are noble pursuits and necessary to sustain life. But poetry, beauty, romance, love - these are what we stay alive for.
"O me, O life of the questions of these recurring. Of the endless trains of the faithless. Of cities filled with the foolish. What good amid these, O me, O life?

Answer: that you are here. That life exists and identity. That the powerful play goes on, and you may contribute a verse."
"That the powerful play goes on, and you may contribute a verse."
What will your verse be?

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Nós não lemos e escrevemos poesia porque é bonito. Lemos e escrevemos poesia porque somos membros da raça humana. E a raça humana está repleta de paixão. E medicina, direito, administração, engenharia - são atividades nobres e necessárias para sustentar a vida. Mas a poesia, beleza, romance, amor - estes são os que nos fazem nos sentir vivos.


Ó eu! Ó vida!... das questões que sempre reaparecem;
Das legiões sem conta dos que não têm fé, das cidades repletas de tolos;
De mim próprio sempre a me censurar (pois, quem seria mais tolo que eu e quem teria menos fé?)
Dos olhos que inutilmente anseiam pela luz, das coisas ordinárias, do esforço sempre renovado;
Dos medíocres resultados de tudo, das multidões trôpegas e sórdidas que vejo no meu entorno;
Dos anos vazios e inúteis de todo o resto, eu integrado nesse resto;
Vem a questão (ó eu!) tão triste, recorrente:
O que há de bom no meio de tudo isso, ó eu, ó vida?

Resposta:
Você está aqui - a vida existe, e existe a identidade;
O poderoso espetáculo vai continuar, e você pode
contribuir com um verso.


Qual será seu verso?

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Meu Anjo!



Luke meu amigo, meu irmão!

Você foi embora ontem dia 02/01, um pouco antes de fazer 11 anos, deixou meu mundo completamente mais cinza sem cores e sem graça.

Por todo o tempo que esteve ao meu lado me amou, me ouviu, tudo do seu jeito claro estabanado de ser, era amor em forma de labrador.

Escrevo estas palavras para você aos prantos pois sei que temos uma ligação muito forte de cumplicidade.

Me perdoe por favor, me perdoe por não atender suas expectativas e muitas vezes não corresponder seu amor e seu coração gigantesco, tenho culpa sim e sinto isso hoje.

Fiz questão de te acompanhar até o final, queria que você não sentisse medo, queria que você se sentisse amado naquele momento, para retribuir tudo o que você sentiu por mim.

Você é sim especial, um ser iluminado, que encheu minha vida de alegria, o período em que esteve ao meu lado viu e passou por muita coisas importante da minha vida momentos cruciais que me fizeram amadurecer como pessoa.

Você é puro, dono de um coração enorme, que só queria amar quem quer que seja.

Ao mesmo tempo que ensinei alguns truques para você, aprendi muito com você também, e são lições que levo para minha vida toda.

Luke eu conversava muito com você, te contava minhas angustias, dores e duvidas, queria muito poder te dar um ultimo abraço um ultimo beijo novamente, nunca é o bastante.

Você fechou os olhos para sempre me olhando, me observando e me entendendo como sempre fez.

Eu te amo meu amigo - irmão, te amo do fundo do coração, espero muito poder reencontrar você feliz da vida caminhando correndo pulando e balançando bastante o rabo ao me ver, por que é assim que quero lhe ver, feliz como sempre foi!

Fique com Deus, conheça o Catito, caminhe com os outros anjos igual a você que só são feitos de amor.

Você esta comigo em meu coração.

Luke, só posso pedir mais uma coisinha para você meu amigo?

Luke, senta, da a pata, mas jamais me solte.

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Acredito que alguns animais que surgem na terra são anjos abençoados que vem espalhar amor por onde passam.

Luke era assim, um anjo, sempre amou incondicionalmente por toda sua vida, escrevi este texto chorando muito sentindo muita falta e saudades do meu amigo que espero reencontrar.

Volta pra sua casa anjo, mas lembre-se sempre de mim!


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Fotografia: A arte de ver além

Sempre fui muito apegado a fotografia.

De uns tempo pra cá tenho me dedicado mais a aprender técnicas e os segredos desta arte, como gosto muito de ler e sou um baita autodidata, a internet tem sido um excelente meio para aprender bastante sobre o tema.

Acho fascinante o fato de você visualizar uma imagem ou uma cena que representa muito e registrar aquele momento, pois fotografia não é apenas enxergar, e sim ver além, além do que jamais perceberíamos em situação do dia a dia.

A atenção aos mínimos detalhes que nos escapam na correria do dia a dia, nos faz ter um prazer novo de visualizar a vida, coisas que desprezamos antes, de repente, estão lá na nossa frente dignas de uma foto artisticamente bela.

Não tenho pretensões profissionais, gosto mesmo desta liberdade que a fotografia amadora proporciona, olhei, achei interessante, bato o click!

Para quem gosta, uma rede social apenas para fotos tem se tornado uma deleite para minha apreciação, o Flickr é um serviço ótimo para ver a arte dos outros e mostrar sua própria arte.

Claro que a definição de arte é algo subjetivo, pois depende da visão de cada um, mas as vezes algumas coisas valem ficar registradas em uma foto que possamos guardar para sempre para lembrar de um momento especifico ou pessoas especiais.

Esta foto abaixo em especial tem muito disto, marca um momento de transição único em minha vida, um momento de mudanças radicais, no momento que apertei o botão passava pela minha cabeça o que poderia vir pela frente, foi quando de repente, uma rajada rápida, pássaros passam em revoada na frente do objeto que eu estava fotografando, foi um momento único e especial, pois aquilo pra mim era a representação da liberdade plena, tanto a estatua representativa por si só quanto os pássaros!

Viva a arte de fotografar!



Foto: Liberdade